Melbourne, na Austrália, já ostentou durante sete anos consecutivo o título de melhor cidade para se viver no mundo. Grande, cultural e muito cosmopolita, tem uma agenda que ferve o ano todo e por isso é uma das cidades australianas que mais recebe visitantes. Ao todo, 4,5 milhões de pessoas vivem nela ou entorno dela. Um número alto falando-se de Austrália, mas é compreensível entender porque tantas pessoas escolhem viver aqui.
Para entender melhor a cidade, é possível comparar Melbourne com São Paulo, porém menor e muito mais limpa e organizada. E na minha opinião, bem mais bonita também.
Melbourne é a capital do estado de Victoria e uma das principais portas de entrada da Austrália. Há frequentemente voos baratos para lá em nossa tabela de ofertas e se você achar um bom voo, vale a pena preparar um roteiro de 4 dias antes de seguir viagem por Sydney, Queensland ou alguma outra região australiana.
O que fazer em Melbourne

Chegar na Austrália não é fácil. E inevitavelmente você chegará cansado, afinal estamos falando de uma viagem que, na melhor das hipóteses, dura no mínimo 21h. Mas ainda assim é difícil a excitação não tomar conta de você. A Austrália é uma mescla de sensações e Melbourne é parte disso. Logo na chegada você já tem disponível um ônibus (com wifi de graça para avisar a família que chegou bem), que te leva ao centro da cidade. Uma boa dica de onde ficar é próximo a parada do ônibus.
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Melbourne é uma cidade plana e rodeada por ciclovias. Uma boa forma de explorar é caminhando ou sob duas rodas. Qualquer que seja sua escolha, um mapa ou GPS serão sempre bem-vindos.
Apesar de grande, as principais atrações turísticas estão concentradas então não espere longos deslocamentos. Não nesses dias iniciais…..Comece seu tour pela Flinders Street station, a estação de trem mais antiga do País e um belíssimo prédio – a noite tem uma iluminação especial e, na minha opinião, fica ainda mais bonita. Do lado dela está a imponente St Paul’s Cathedral, uma igreja de 1852 e belíssima. Vale a pena entrar, ainda que seu tour seja pago.
Nos arredores fica a Federation Square, a principal praça da cidade. Não chega a ser uma praça magnífica, mas ela será parte do seu roteiro em vários momentos. Então aproveite para explorá-la.
Com forte influência da Ásia, uma visita a Chinatown se torna quase que obrigatória. De lá faça uma pausa no Queen Victoria Market, um mercado que serve todos os tipos de comida australiana. Abra-se a novos sabores e vai em frente…. peça carne de canguru e bom apetite! De barriga cheia, vale a pena explorar o Museu do Imigrante, que retrata a história de diversos imigrantes que buscaram na Austrália uma vida melhor.
A cidade tem diversos restaurantes, alguns com mesas do lado de fora. Se o tempo estiver bom é uma boa dica! Se você é fã do Masterchef Austrália, pode jantar no Gazi do chef George Calombaris – um dos jurados da atração.
Yarra river
Melbourne é cortada pelo rio Yarra, que nasce na parte alta do Estado de Victoria , onde tem cangurus selvagens (que vivem livres pela floresta) e vinícolas incríveis – falamos disso num outro texto. Na parte oposto ao centro, do outro lado do rio, fica uma área mais moderna, com cassinos , centro de convenções e prédios ainda mais altos. É uma delícia explorar essa área sem pressa.

Se tiver dia de sol quente – no verão prepare-se para temperaturas elevadas, vá a praia. Mas não mergulhe por muito tempo – as águas são muito gelada. A praia mais próxima do centro é St Kilda, um bairro com uma praia calminha, um píer no estilo californiano e alguns bons restaurantes. O barato dessa praia é chegar no final do dia e avistar pinguins saindo do mar e indo para a terra descansar. É um espetáculo diário e muito interessante. A praia cartão postal é Brighton Beach. Em sua faixa de areia estão espalhadas caixas coloridas onde famílias guardam artigos que usam na praia, como cadeiras e barracas. E por serem coloridas são “alvos” de foto. Faça a sua também e depois partiu pra praia!
Great Ocean Road
É hora de sair de Melbourne e explorar seu interior. O passeio mais indicado por mim é rodar a Great Ocean Road, uma rodovia de 2450 km que é margeada por um belíssimo litoral. Na Austrália a direção é na mão inglesa (oposta à nossa), mas depois de alguns minutos dirigindo já é possível ganhar confiança e pegar estrada.

Apesar do trajeto curto, faça essa viagem com muita calma, parando onde e quando quiser. Se possível, pernoitando para aproveitar os parques, praias e mirantes.
A viagem começa em Torquay e segue até Allansford. Por entre as duas cidades há uma infinidade de parada. Vale pesquisar o que fazer, mas há alguns points que são imperdíveis. O primeiro é Bells Beach. Essa praia é uma das mais conhecidas da Austrália, recebe uma etapa do campeonato mundial de surfe e tem altas ondas. Além de tudo isso, é lindíssima.
Já a parada mais famosa é o Doze Apóstolos, formações rochosas que ganharam forma por conta da erosão do mar e vento. Elas se “desprenderam” das falésias e viraram torres. E por conta da erosão estão em constante transformação. E apesar do nome sugerir 12 “torres”, são oito no total que variam de tamanho e forma. Para ver essa maravilha há um mirante bem em frente ao primeiro “apóstolo”. Se você estiver com pouco mais de grana, vale fazer esse tour de helicóptero. O passeio dura em média 20 min, sobrevoa a atração (com direito a audioguia explicativo) e tem uma visão privilegiada de parte da Great Ocean Road. Imperdível e vale a pena apesar do preço (cerca de 150 dólares australianos por pessoa).