Holanda

O que fazer em Amsterdam: passeios para curtir sem gastar muito

15/03/2019 15:30

A capital holandesa é incrível! Linda, liberal, multicultural e… cara. Pois é, Amsterdam é a cidade com os preços mais altos para se viver na Holanda e uma das mais caras capitais da Europa também para o turismo. Mas dá para aproveitar a cidade sem estourar o orçamento? O que fazer por lá em tempos de câmbio desfavorável? Separamos alguns passeios que você pode fazer a pé (ou de bicicleta!) e sem gastar muito em Amsterdam – com diversos atrativos gratuitos!

Foto: Chait Goli

Para mim, andar pelas ruas de Amsterdam é o melhor passeio da cidade. Se você gosta de história, arte ou de arquitetura ficará encantado! São tantos lugares para se perder que em um único post é quase impossível falar sobre todos. Há alguns cantinhos que nos transportam no tempo! Se o tempo estiver bom, aproveite os parques. Há opções espalhadas por todos os cantos de Amsterdam, cada um com seu charme, e perto de outra atração gratuita como mercado ou praça. Ah, e explorar o destino de bicicleta é outra ótima alternativa!

Pensando nisso, escolhi alguns pontos na cidade para mapear o que há ao redor para conhecer. A seguir, compartilho alguns desses pontos de interesse em Amsterdam e passo as dicas de passeios (alguns gratuitos e outros não) pelos arredores.  

Foto: Ramida Made

Ponto de interesse: Estação central – Centraal Station

Ao sair do aeroporto de trem, o primeiro lugar que você provavelmente vai conhecer é a estação central – Centraal Station. O prédio é bem bonito. Foi desenhado pelo arquiteto Petrus J.H. Cuypers (o mesmo que concebeu o Rijksmuseum). Ali, além dos serviços de transporte (trens, tram, ônibus e metrô), você encontra lojas, farmácias, restaurantes, banheiro (pago) e um piano de cauda para você se divertir enquanto espera por alguém: tocando ou só ouvindo. Aliás, é bom saber que “o piano” é o ponto de encontro na estação.

Central Station

Embora não dê para perceber, a estação foi construída numa área denominada Stationseiland, composta por três pequenas ilhas artificiais no Ij. Se você reparar a estação fica cercada de água.

Na mesma época, século XIX, vários prédios foram construídos na cidade: o do hotel Plaza Victoria (quase em frente à estação), o do Shopping Magna Plaza (do arquiteto P.C.Peters) para ser a central de correios situado mais adiante atrás do Palácio na Dam (praça).

Dali, vê-se a Basílica de São Nicolau (católica romana) do século XIX, aberta ao público (sem cobrar entrada) de um lado; e do outro uma área mais recente, com prédios novos, conhecida por Oosterdokseiland. Viu o Starbucks? É lá mesmo! Há um píer com bancos para curtir o visual e o sol, quando ele aparece.

Mais adiante, encontra-se a OBA (biblioteca pública central) instalada em um prédio de 9 andares, com livre acesso ao seu acervo, piano e terraço com uma bela vista da cidade. Anote o endereço: Oosterdokskade, 143.

Seguindo pela ponte Mr. J.J. van der Veldebrug chega-se ao NEMO – museu de ciências, cujo terraço tem acesso gratuito de 10 às 17:30. Lá desfruta-se de um belo visual, além de uma exposição chamada Energetica.

NEMO - museu de ciências

Como a Centraal Station fica em um arquipélago, atrás dela (saída no sentido Ijzijde) ficam as balsas que vão para Amsterdam Noord. As travessias são gratuitas. A mais rápida (3 minutos de travessia) é com destino a Buiksloterweg que leva ao Eye Filmmuseum (entrada paga), um lindo prédio cercado de lugares para comer e com vista para Amsterdam. Vale a pena ir até lá, você passa pelo lago Ij, dá uma caminhada na IJpromenade e termina o passeio.


Ponto de interesse: De Wallen – Red Light (Roose Buurt)

De Wallen - Red Light

Saindo da estação de trem e seguindo no sentido da praça Dam (outro bom ponto de partida), chega-se ao De Wallen que abriga o Red Light District. Embora esse bairro seja mais conhecido pelas vitrines e sex-shops, essa é a parte mais antiga da cidade, quando ainda era protegida por muros. Ao redor dos canais, encontram-se lindos prédios do século XVII, alguns bem tortos. E até do século XVI.

As ruas tem nomes impronunciáveis referenciando os muros como Oudezijds Voorburgwal. Pela região, você vai encontrar alguns coffeeshops (The Bulldog – o primeiro, Greenhouse, dentre outros) e uma boa loja de uma cervejaria local – Brouwerij De Prael (n° 30).

Oude Kerk

Não deixe de passar também pela Oude Kerk, construída no século XIII como igreja católica. Posteriormente tornou-se protestante e hoje abriga exposições (entrada paga). Se olhar para baixo próximo à entrada da igreja, você verá o De gestreelde borst – uma escultura de autor anônimo. Ao dar a volta na igreja, você encontrará Belle – escultura em respeito às prostitutas em todo mundo. Passa lá: Oudekerksplein.

Dica amiga: o carrilhão da igreja (composto por quase 50 sinos!) toca músicas variadas aos sábados (16 horas). De graça! Outra boa é experimentar a torta de maçã do De Koffieschenkerij (o café logo ao lado da igreja) que já falamos por aqui.

Mais adiante, no n° 40, há o museu Ons’ Lieve Heer op Solder (entrada paga) que conta a história de uma pequena igreja escondida no sótão da casa de um comerciante, no século XVII quando da perseguição dos católicos na Holanda, para a prática da religião católica e da vida nessa época. Aproveite para conhecer também a casa mais antiga de Amsterdam, de 1485, fica na rua mais antiga da cidade Warmoesstraat n° 90. Fique atento porque está reformada!

Ponto de interesse: Canais de Amsterdam – patrimônio mundial

Uma forma de conhecer os canais de Amsterdam é através de suas pontes e ruas ao redor. Em especial, o cinturão de canais listado como patrimônio mundial pela UNESCO (Grachtengordel), concebido no final do século XVI e construído no Século XVII composto pelos canais: Prinsengracht, Keizersgracht, Herengracht e Singel (gracht).

Foto: Rob Harvey

As ruas ao longo dos canais possuem lindas construções. Pela zona, vale conhecer As Nove Ruas (De Negen Straatjes), que concentram muitas lojinhas legais e restaurantes. O bairro do Jordaan, construído para trabalhadores no século XVII; e o Noordermarkt onde fica a Noorderkerk (igreja) e acontece a feira de produtos orgânicos – aos sábados – também são boas pedidas. Desses pontos dá para traçar várias rotas e conhecer várias pontes para admirar a cidade de diferentes ângulos!

Dica amiga: Há uma ponte “especial” que permite ver outras 14 pontes localizada no cruzamento das ruas: Reguliersgracht 1 e Herengracht 536. De costas para Thorbeckeplein avistam-se 6 pontes, à esquerda mais 6 e à direita mais 2, além da própria ponte onde você está. É o lugar perfeito para garantir uma boa foto dos canais de Amsterdam!

Ponto de interesse: Parques

Foto: Kirk Fisher

Passear pelos parques da cidade é uma delícia. Dá para caminhar, praticar yoga, relaxar depois de uma caminhada, ler um livro ou quem sabe fazer um piquenique. Em cada um deles, há um clima diferente que reflete a área da cidade no qual se situam.

O parque mais famoso é o Vondelpark, com lago, coreto e esculturas. Ele fica pertinho da Museumplein e da Leidseplein – praça com vários restaurantes, o coffeeshop Bulldog e lojas como a Apple – que oferece acesso à internet. Basta pisar na loja para usufruir da conexão, pelo menos, para quem tem iphone. Dica amiga: melhor evitar os restaurantes dessas praças, que são muito turísticos!

Outra alternativa é o Westerpark, um grande parque onde se localiza o Westergasfabriek uma antiga fábrica com vários restaurantes moderninhos. Ali perto, na Oostzaanstraat n°45, localiza-se um prédio característico do estilo arquitetônico da Escola de Amsterdam: Het Schip (o navio). Ele foi desenhado por Michel de Klerk e hoje abriga o Museu da Escola de Amsterdam. Saindo da estação central (Centraal Station), chega-se ao parque de ônibus ou tram.

O Oosterpark fica próximo ao Tropenmuseum e ao Dappermarkt – mercado com produtos variados e comidinhas, com preços mais competitivos que o famoso Albert Cuypmarkt.

Ponto de interesse: Mercado Albert Cuypmarkt

stroopwafel

O Albert Cuypmarkt é um mercado de rua, que funciona de segunda a sábado, e é frequentado por muitos turistas e locais. Lá você encontra barraquinhas de frutas, peixes, flores, azeitonas, tecido, roupas, acessórios para bicicletas e etc. Um das mais famosas barracas é a que vende stroopwafel, doce típico holandês, feito na hora quentinho.

O mercado fica no Pijp, um dos bairros mais legais de Amsterdam. As ruas ao redor do mercado abrigam bares, restaurantes e lojinhas descoladas. Nas proximidades do Albert Cuypmarkt está ainda a praça Frederiksplein e o Sarphatipark.

Ponto de interesse: Rembrandtplein (praça)

Rembrandtplein é a praça onde se encontra a escultura que reproduz os vigilantes da pintura “A ronda noturna”, de Rembrandt. O famoso quadro pode ser visto no Rijksmuseum. Aliás, 2019 é “o ano de Rembrandt” quando se comemora 350 anos de sua morte.

Rembrandtplein

A vida noturna é o forte dessa área repleta de hotéis, bares e restaurantes. Há também um mercado Marqt de pegada sustentável que dispõe de vários produtos orgânicos (pagamentos somente em cartão). Pelos arredores, você pode passar ainda pelo Pathé Tuschinski, um cinema moderno, instalado em um prédio em estilo Art-Deco.

Ponto de interesse: Concertgebouw

A Concertgebouw é a principal sala de espetáculos musicais de Amsterdam. Todas as quartas, de setembro a julho, é possível assistir de graça ao concerto que começa às 12:30. Mas é preciso chegar com antecedência e ficar na fila, pois a entrada é por ordem de chegada! O endereço é Concertgebouwplein, n°2-6.

Foto: Diego Delso

O espaço fica perto da Museumplein, com uma boa área verde para caminhar e onde acontecem várias feiras no fim de semana. Nessa praça está ainda o monumento Vrouwen van Ravensbrück em homenagem aos mortos no campo de concentração nazista Ravensbrück; e os museus mais famosos da cidade. São eles: Rijksmuseum (o jardim com esculturas e os banheiros têm acesso gratuito), Stedelijk e Van Gogh e o Moco, de arte moderna e contemporânea, que abriga obras de Banksy.

Rijksmuseum

Dica amiga: além do jardim, vale visitar a loja do Rijksmuseum, que conta com lembrancinhas diferentes. Para saber mais veja nosso post aqui.

Ponto de interesse: Begijnhof

Um “jardim secreto” bem no centro de Amsterdam que parece transportar a gente no tempo. Sem dúvidas, esse é um dos recantos mais incríveis da cidade. Consiste em um pátio interno cercado por prédios históricos. O mais antigo deles é uma casa de madeira chamada Het Houten Huys, que fica no n° 34. Ali encontram-se ainda uma antiga capela “escondida” nos números 29 e 30 (o exterior não possui identificação, resquício do tempo de perseguição aos católicos); e uma igreja inglesa (English church). Ambas são abertas ao público. Outra curiosidade do local é que Begijnhof está abaixo do nível do restante da cidade, já que foi construída ainda no período medieval.

Begijnhof

Por ser uma área residencial, a visitação tem horários restritos. Há duas entradas, uma delas ao lado da livraria ABC – American Book Center, na Spui 12. E se você adora livrarias, saiba que nas proximidades encontram-se mais duas ótimas alternativas: a Waterstones – instalada em um belo prédio na Kalverstraat, 152 – e a Athenaeum Boekhandel (Spui 14).

Ali perto, está também a De Schuttersgalerij (Kalverstraat 92), uma galeria coberta com tapetes representando os países, inclusive o Brasil; e cerca de 15 pinturas do século XVII penduradas. Esta parte da coleção pertence ao Amsterdam Museum, mas fica exposta nessa galeria de graça.

E aí, curtiu as dicas de Amsterdam? Caminhar pelas ruas, conhecer as pontes e canais, admirar os diferentes estilos arquitetônicos, curtir os parques e praças, ver a cidade do alto, ir a um concerto, visitar igrejas… Viu só como há muitas coisas para fazer em Amsterdam sem comprometer o orçamento da viagem?! Ainda não garantiu sua viagem? Pesquise as suas passagens aéreas no site do Voopter

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