Nem só de belas praias vive a Bahia. Mas também de lindas cachoeiras, grutas, poços, rios, trilhas e montanhas. Bem no coração do Estado, o Parque Nacional da Chapada Diamantina é o segundo maior parque nacional do Brasil. O destino é o refúgio perfeito para quem curte natureza e aventura.
Sonha em conhecer a Chapada Diamantina? Veja aqui as principais informações para planejar o seu roteiro: como chegar, melhor época para visitar, quais os principais passeios, o que fazer e muito mais dicas!
Quanto tempo ficar
É uma tarefa bem difícil conhecer todos os atrativos da Chapada Diamantina em uma só vez. Só para você ter uma ideia, enquanto sua área é de 152 mil hectares, a Chapada dos Guimarães (em Cuiabá), que pode ser conhecida em um feriado prolongado, tem 33 mil hectares. Por conta de sua extensão, o ideal é reservar, no mínimo, uma semana de viagem – especialmente se você chega de outras regiões do país. Na melhor das hipóteses, você vai ter sempre bons motivos para uma nova visita!
Como chegar
Do aeroporto de Salvador, você pode alugar um carro e seguir até sua cidade-base na Chapada Diamantina. Como a região é dividida em diversos municípios, você precisará escolher a cidadezinha onde vai se hospedar para sair e conhecer as atrações do Parque. E é claro que você pode ficar em mais de uma base ao longo da sua viagem. As principais alternativas são: Lençóis, Andaraí, Ibicoara, Mucugê e o Vale do Capão. Cada uma tem suas facilidades e encantos. Mas entre as mais procuradas está Lençóis, a cidade que abriga o maior número de pousadas e hotéis; e o Vale do Capão, de clima mais hippie e descontraído.
Outra opção é partir para a rodoviária e tomar um ônibus para seu destino na Chapada e depois um táxi até onde está hospedado. Ou ainda contratar um transfer para te levar do aeroporto até a sua base. Saiba que há também voos da Azul até Lençóis (saindo de Salvador, Belo Horizonte e São Paulo). Para não perder nenhuma oportunidade, vale cadastrar um alerta de preço para os destinos. Assim, o Voopter te avisa quando uma tarifa dentro dos seus requisitos for encontrada!
Como se locomover? Preciso de carro? E guia?
O jeito mais fácil de se deslocar pela Chapada Diamantina é mesmo de carro, que te dá mais liberdade para curtir os passeios. É importante ficar de olho no gasto com a gasolina, pois você vai rodar bastante entre uma parada e outra! Também é possível contratar pacotes das agências de turismo (uma das mais buscadas é a Venturas) para conhecer a região, opção que também de tá um pouco mais conforto.
Outro ponto importante é que em alguns atrativos você vai precisar de um guia local para te acompanhar – e contar mais sobre a história da região, o que é super legal! Há também passeios em que é possível seguir os caminhos demarcados e o fluxo de visitantes. Saiba ainda que há lugares que cobram taxa de entrada, por estarem dentro de propriedades privadas (o guia já costuma estar incluído no “ingresso” nesses casos).
Dica amiga: nas associações de guias (ou condutores de visitantes) é possível conseguir preços mais em conta do que nas agências.
Em qual cidade-base ficar? Contamos um pouquinhos sobre as principais alternativas e os atrativos próximos de cada uma delas.
Lençóis
É o ponto mais turístico da Chapada Diamantina. A vila era conhecida como a capital do diamante (daí que vem a história do nome) e um charme só, com as ruas de paralelepípedo e construções coloniais. Não faltam boas pousadas, lojinhas, agências de ecoturismo e restaurantes para conhecer.
Passeios a partir de Lençóis: Morro do Pai Inácio, Cachoeira do Mosquito, Poço do Diabo, gruta da Lapa Doce, Cachoeira do Sossego, gruta da Torrinha, gruta da Pratinha, tour de barco por Marimbus (o pequeno pantanal da Chapada) e Cachoeira do Roncador. Poços Azul e Encantado.
Vale do Capão
É a cidadezinha mais hippie da região. Por lá, não faltam lojinhas com produtos naturais e pousadas que oferecem tratamentos holísticos, como massagens, heiki, tarô, banho de ervas e etc.
Passeios a partir do Vale do Capão: Cachoeira da Fumaça (a maior da Chapada), Poço da Angélica, Cachoeira da Purificação, Cachoeira do Rio Preto, Poço do Gavião, Riachinho, Morro do Pai Inácio (18km de trilha) e trekking do Vale do Pati.
Mucugê
Assim como Lençóis, a vila ainda preserva os ares de cidade colonial na arquitetura. Mas com o clima mais tranquilo. Por ser a cidade mais no alto, prepare-se para o clima frio durante a noite.
Passeios a partir de Mucugê: Cachoeira do Buracão, Cachoeira da Fumacinha, Poço Encantado e Museu Vivo do Garimpo.
Ibicoara
Esse é o ponto ideal para quem curte trilhas mais desafiadoras e esportes de aventura (rapel, escalada, trekking…).
Passeios a partir de Ibicoara: Cachoeira do Buracão, Cachoeira da Fumacinha, Cachoeira Encantada, Cachoeira das Orquídeas,
Andaraí
Essa vila não possui tanta infraestrutura como as outras, mas é um ótimo local para quem quer fugir mesmo da cidade e ficar em contato com a natureza. É ainda o ponto de partida para algumas das atrações mais lindas e menos exploradas da região.
Passeios a partir de Andaraí: Poço Azul, Marimbus, Cachoeirão, Poço Encantado, Vale do Pati.
O que fazer na Chapada Diamantina: principais atrações
Fazenda Pratinha
O complexo localizado a cerca de 75 km de Lençóis é garantia de lindas fotos e cenários de cartão-postal. O principal atrativo fica por conta da flutuação na Gruta da Pratinha (é preciso pagar por essa atividade, única forma de explorar a gruta por dentro e entrar na água). Também é possível relaxar pelas águas cristalinas do Rio Pratinha e conhecer a Gruta Azul (onde não é permitido nadar).
Morro do Pai Inácio
O Morro é um dos principais cartões-postais da cidade e de lá do alto – mais de 1.000 metros de altitude – você garanta uma vista incrível da Chapada Diamantina. O acesso é relativamente fácil (20 minutos de subida) e o início da trilha fica na cidade de Palmeiras, a cerca de 25 km de Lençóis. Você pode subir no fim de tarde para conferir o pôr do sol, combinando o passeio com a visita à Fazenda Pratinha. Não é necessário guia para o passeio.
Cachoeira da Fumaça
Essa é a cachoeira mais famosa da Chapada. E também a segunda maior do país – com 340 metros de altura, queda que dá a impressão de que há fumaça no ar, daí seu nome. Para conferi-la de pertinho é preciso disposição. São 6 km de trilha com muitas subidas íngremes, mas o visual final é recompensador. Contrate um guia para te acompanhar nesse passeio!
Cachoeira do Buracão
Está localizada em Ibicoara, no Sul da Chapada, e tem 85 metros de altura. É uma boa parada para quem está com base em Mucugê. A trilha que leva até ela é bem tranquila, sem tantas subidas íngremes. É obrigatória a presença de um guia nesse atrativo.
Poço Azul
Imagina nadar em águas cristalinas dentro uma grande gruta? O Poço Azul possui águas tão transparentes que até confundem fundo e superfície. Lá você pode fazer flutuação, acompanhado de um guia. O melhor horário para fazer o passeio é entre 12h e 14h, quando entra sol no poço. A atração fica dentro de uma propriedade privada.
Poço Encantado
A cerca de 25 km de distância do passeio anterior, o Poço Azul e o Poço encantado podem ser combinados em um só dia. Lá não é permitido fazer flutuação, mas ainda assim é incrível observar as águas cristalinas do poço – com quase 50 metros de profundidade, ainda assim é possível ver o fundo! A atração fica dentro de uma propriedade privada.
Cachoeirão
Trata-se da segunda maior cachoeira da Chapada, com 270 metros de altura. A trilha para chegar até não é das mais fáceis e são cerca de 6 horas de caminhada até a cachoeira, localizada no Vale do Pati. A paisagem fica ainda mais incrível no período de chuva, quando a queda se dispersa em várias pequenas saídas de água.
Poço dos Diabo
A cerca de 20 km de Lençóis, basta uma pequena trilha para chegar ao Poço dos Diabos. Não é preciso guia para esse passeio e é uma parada perfeito para um mergulho. Os mais aventureiros podem saltar a 20m de altura no poço.
Marimbus e Rio Roncador
Em Marimbus você encontra um pedacinho do Pantanal em plena Chapada Diamantina. Saindo de Lençóis são cerca de 40 minutos até a vila de Remanso, de onde saem os barcos/canoas até Marimbus. Chegando lá você ainda pode caminhar até as piscinas naturais do Rio Roncador.
Travessia do Vale do Pati
Considerado um dos trekkings mais bonitos do Brasil, esse passeio necessita da presença de um guia local. É preciso disposição e preparo físico para a travessia, cujo percurso pode durar entre 2 e 6 dias. Paisagens deslumbrantes te esperam pelo caminho!
