Estados Unidos

Nova York com dólar alto, dá para aproveitar?

23/08/2018 16:29

Sim, eu sei, dólar a mais de R$ 4 impacta e muito a vida de quem quer viajar para o exterior – e até de quem voa pelo Brasil, por conta do preço do combustível. Mais que isso, é um sinal amarelo para quem embarcará nas próximas semanas, já que não há previsão de melhora, pelo menos não até a eleição. Mas você não precisa cancelar ou adiar a sua visita à NY, porque dá para adaptar o roteiro e controlar melhor os gastos.

Transporte coletivo, até mesmo os de aplicativo

É possível  ir de JFK e Newark para Manhattan de metrô ou trem tranquilamente. Esses dois aeroportos recebem a maior parte dos voos do Brasil, se você chegar por La Guardia, também rola usar transporte público, mas é muito trabalhoso, então, não recomendo.

De JFK é possível chegar até duas grandes estações de metrô, Jamaica Station e Howard Beach, usando o AirTrain, que custa US$ 5 – só será cobrado nas catracas na saída. O Metrocard custa US$ 1 e a tarifa, independente de para onde você vai, é US$ 2,75, ou seja, dá para chegar ao seu destino gastando menos de US$ 10. Para saber a melhor rota, recomendo que você use o Google Maps, aproveitando que no aeroporto tem wifi grátis, ou faça a simulação em casa e deixe gravado offline, para não sofrer com imprevistos.

De Newark, a melhor combinação é Air Train + Trem por US$ 13, que te deixa, por exemplo, na Penn Station, estação super central onde tem metrô para tudo quanto é lugar, por mais US$ 2,75 (mais US$ 1 do bilhete). Mas antes de decidir isso, vale a pena ver quanto custa uma corrida com: Uber Pool, Via ou Lyft Shared, os incríveis aplicativos com viagens compartilhadas (e baratas)!

– O Uber tem a opção Pool, ou seja, pra você compartilhar a corrida com outras pessoas e pagar o mesmo preço do transporte público, além de ser bem cômodo.
– O Lyft também tem essa opção, chamada Shared, e costuma ter os melhores preços desde o aeroporto, caso você esteja com muitas malas ou não queira pegar metrô. Só fique atento porque, como tem mais gente no carro, você não pode ocupar todo o bagageiro. Ah! E meu código, TALITA69239, dá US$ 15 de crédito :)
– O Via é o meu preferido, porque otimiza as rotas, pegando e deixando os passageiros em uma esquina próxima, sem ter que ficar desviando o tempo todo. E tem preço fixo: US$ 5 em Manhattan (abaixo da 125 Street).

Almoce em restaurantes e jante no mercado

Calma, não tô falando para você comer dentro do mercado, ainda que alguns deles, como o Whole Foods, tenham uma área bem agradável para isso (o da Union Square tem até vista!). Mas é possível economizar bem, sem comer mal, comprando desde comida pronta até ingredientes para um lanchinho no hotel ou nos muito parques da cidade. Eu AMO montar tábuas ao invés de fazer janta em casa, com pães, frios, frutas…Dá para fazer ótimas compras e refeições também nas feiras livres, que em NY acontecem nas praças.

Os restaurantes costumam ter menus mais baratos no almoço, em média, por menos de US$ 15, mas eu já comi em um lugar indicado pelo Guia Michelin, por US$ 10, com entrada e prato principal! Nas lanchonetes e fast-foods o preço é sempre o mesmo, mas se você ficará uma semana em NY, não recomendo que faça todas as suas refeições neles. No #nyc10orless eu indico os meus lugares favoritos nessa faixa de preço por até US$ 13 (visto que, depois de dois anos, alguns reajustaram o valor).

Outra dica é deixar para tomar bebidas alcoólicas em bares, não em restaurantes, que costumam cobrar bem mais caro por elas. Aproveite que nos EUA a água é grátis – inclusive a com gás em alguns lugares -, e deixe a cervejinha, drinks ou vinho para os bares, que têm excelentes promoções durante a Happy Hour (até às 19h). Falando nela, tem bar que entre as 17h e 19h vende comida barata também, como Ostra por US$ 1!

Se quiser tomar vinho onde estiver hospedado, a dica é se esbaldar no Trader Joe’s Wine, a loja com o melhor custo benefício de NY – tem vinho decente desde US$ 5 e bons rótulos americanos por US$ 10!

Se hospede fora da zona turística

Zona, nesse subtítulo, significa bagunça, que em Nova York é a melhor definição para os quarteirões próximos à Times Square. Sim, eu sei, a maioria das pessoas que visita a cidade quer ver os famosos painéis gigantes e iluminados, e pode fazer isso facilmente, sem precisar de hospedar por lá.

Bairros mais ao sul de Manhattan, como o Lower East Side (LES), East Village e até Chinatown (que é bagunçadinha, mas tem mais personalidade), costumam ter opções de hotéis mais baratos. O mesmo vale para o norte do Central Park, no Harlem, mas como eu nunca me hospedei por lá, recomendo que você leia sempre as avaliações antes de fazer a sua reserva e escolha hotéis com nota igual ou superior a 8.

Se você quiser economizar mais ainda,vale a pena ficar na casa de um local, alugando um quarto ou o lugar inteiro, através do Airbnb. Quando eu ainda não morava aqui e vinha à cidade, sempre alugava apartamentos no Brooklyn, perto do Prospect Park. Este parque foi planejado pelos mesmos arquitetos do Central Park e tem atrações incríveis, como o Brooklyn Museum e um jardim botânico.

Esse post já está imenso e acho que contempla as dicas mais importantes para quem quer economizar em NY, sem deixar de aproveitar a viagem. Em breve, quero escrever sobre passeios – que são outro assuntão – e conto com as perguntas e comentários de vocês, para isso :)

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