Minas Gerais

Inhotim anuncia nova programação com obras de diferentes artistas

26/05/2022 09:40

Inhotim inaugura no fim de maio novas obras e exposições temporárias. Dia 28 marca a abertura da temporada, que traz Isaac Julien, importante nome nos campos da instalação e do cinema, convidado a expor um de seus trabalhos mais emblemáticos na Galeria Praça. O Acervo em Movimento, programa criado para compartilhar com o público as obras recém-integradas à coleção, inaugura com trabalhos dos artistas brasileiros Arjan Martins e Laura Belém, ambos instalados em áreas externas do Instituto.  

Jaime Lauriano também integra a lista dos artistas participantes da programação, e abre o projeto  Inhotim Biblioteca, que vai convidar, anualmente, artistas e pesquisadores que estabeleçam diálogos com a biblioteca do Instituto. A instalação do artista mantém relação direta com o Segundo Ato do projeto Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra (MAN), ao propor a curadoria de uma nova bibliografia que contempla autores negros para integrar o acervo da biblioteca do Inhotim. 

Instalado na Galeria Mata, o Segundo Ato do projeto, realizado, assim como o Primeiro Ato, em curadoria conjunta entre Inhotim e IPEAFRO, aborda o Teatro Experimental do Negro, movimento encabeçado por Abdias Nascimento, e que está nas origens do Museu de Arte Negra. 

As inaugurações são parte do Território Específico, eixo de pesquisa que norteia a programação do Instituto no biênio de 2021 e 2022, pensada para debater e refletir a função da arte nos territórios a níveis local e global, e também a relação das instituições com seu entorno, mirando os desdobramentos de um museu e jardim botânico como o Inhotim. 

Confira a seguir mais detalhes da programação. 

Galeria Praça | Isaac Julien 
Em um trabalho que une poesia e imagem, Isaac Julien parte de uma exploração lírica sobre o mundo privado do poeta, ativista social, romancista, dramaturgo e colunista afro-americano Langston Hughes (1902 – 1967) e seus colegas artistas e escritores negros que formaram o Renascimento do Harlem — movimento cultural baseado nas expressões culturais afro-americanas que ocorreu ao longo da década de 1920.

A obra foi dirigida por Julien na época em que era membro da Sankofa Film and Video Collective, e contou com assistência do crítico de cinema e curador Mark Nash, que trabalhou no arquivo original e pesquisa cinematográfica.  

Looking for Langston também é considerado um trabalho fundamental para estudos afro-americanos e, nos últimos 30 anos, tem sido amplamente apresentado em universidades, faculdades e escolas de arte norte-americanas.  

A investigação sobre personalidades proeminentes do século 20, como Langston, é uma constante na obra de Isaac Julien. O artista se debruça sobre a vida destas figuras a fim de revisitar as narrativas históricas oficiais.  

Nome seminal da arte contemporânea, Julien nasceu em 1960 em Londres, onde vive e trabalha, e utiliza em sua obra elementos provenientes de disciplinas e práticas variadas, como o cinema, a fotografia, a dança, a música, o teatro, a pintura e a escultura, integrando-os em instalações audiovisuais, obras fotográficas e documentários.   

Acervo em Movimento | Arjan Martins e Laura Belém  
São latentes nas obras de Arjan Martins conceitos sobre migrações e outros deslocamentos de corpos e presenças entre espaços de luta e poder, e ainda as diásporas e os movimentos coloniais que se deram em territórios afro-atlânticos. 

Na instalação de Birutas (2021) – apresentada no caminho entre a obra Piscina (2009), de Jorge Macchi e A origem da obra de arte (2002), de Marilá Dardot – Arjan expõe aparelhos destinados a indicar a direção dos ventos, que se fundem às bandeiras marítimas e seus códigos internacionais para transmitir mensagens entre embarcações e portos. 

No lago entre as Galerias Mata e True Rouge, o visitante vai se deparar com dois barcos a remo equipados com holofotes que se iluminam, frente a frente, na água. As luzes de um dos barcos se acendem, enquanto as do outro permanecem apagadas. Após 20 segundos, eles invertem: o que estava aceso agora se apaga, e o que estava apagado se acende. As luzes de ambos os barcos são então acesas simultaneamente e, ao final, todas se apagam até o ciclo se reiniciar automaticamente. Trata-se de Enamorados (2004), trabalho da artista mineira Laura Belém, exposto pela primeira vez em 2004 na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, e no ano seguinte na 51ª Bienal de Veneza. 

O Acervo em Movimento nasce do desejo do Inhotim em se manter como um lugar vivo, em constante transformação, trazendo ao público as novas aquisições do acervo.

Inhotim Biblioteca | Jaime Lauriano 
A pesquisa de Jaime Lauriano, artista paulistano que vive entre São Paulo e Lisboa,  busca trazer à superfície traumas históricos relegados ao passado e aos arquivos confinados, em propostas de revisão e reelaboração coletiva da História. Marcando a estreia do Inhotim Biblioteca, o artista apresenta uma ocupação de ativação na biblioteca do Instituto,  estabelecendo diálogo com o Segundo Ato de Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra — projeto realizado pelo Inhotim em parceria com IPEAFRO, em cartaz na Galeria Mata.  

O Inhotim Biblioteca trará ao público um espaço coletivo e aberto voltado à leitura a partir de um recorte bibliográfico, visual e sonora proposta por Jaime Lauriano, afim de construir uma coleção voltada ao pensamento pan-africanista.

Para além de trazer exposições e disponibilizar material para pesquisa, o programa irá promover leituras mediadas e encontros entre artistas e pesquisadores com o público.  

Galeria Mata | Segundo Ato de Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra
Em curadoria conjunta com o IPEAFRO (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros), o Inhotim sedia um museu dentro de seu espaço e traz, ao longo de dois anos, a iniciativa sonhada por Abdias Nascimento (1914-2011) no início da década de 1950: o Museu de Arte Negra.  

O projeto parte do legado multidisciplinar de Abdias, poeta, escritor, dramaturgo, curador, artista plástico, professor universitário, pan-africanista e parlamentar com uma longa trajetória trilhada no ativismo e na luta contra o racismo. Apresentado em quatro atos — quatro exposições temporárias, renovadas a cada cinco meses -, a realização do projeto no Inhotim se constrói com base nos aspectos de quatro Orixás, presenças constantes nas pinturas do artista, e na história e desdobramentos do Museu.  

Sob o signo de Oxóssi, guardião das matas e Orixá do trono do conhecimento, o Segundo Ato do projeto, intitulado Dramas para negros e prólogo para brancos, abarca um período marcado pelo teatro na formação artística e política de Abdias Nascimento, e na concepção inicial da coleção do Museu de Arte Negra, de 1941 até 1968 – ano em que Abdias iniciou o exílio nos Estados Unidos e na Nigéria.  

Exibida na Galeria Mata, a mostra aborda o Teatro Experimental do Negro (TEN), uma iniciativa da qual nasceu o Museu de Arte Negra. Criado por Abdias Nascimento em 1944, no Rio de Janeiro, o TEN tinha como propósito central conquistar espaço para pessoas negras nas artes cênicas.  

A exposição traz ao público documentos sobre a trajetória do Teatro Experimental do Negro, pinturas de Abdias e trabalhos de artistas como Anna Bella Geiger, Heitor dos Prazeres, Iara Rosa, José Heitor da Silva, Sebastião Januário, Octávio Araújo e Yêdamaria, que integram a coleção do Museu de Arte Negra do IPEAFRO.  

Em oito núcleos temporais (1941 — Viagem América Latina / 1943 – Teatro do Sentenciado / 1944 – Teatro Experimental do Negro / 1950 – 1º Congresso do Negro Brasileiro / 1955 – Cristo Negro / 1968 – MAN no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro / 1966 – Festival Mundial das Artes Negras, Dacar –  Senegal / 1968 – Exílio), o Segundo Ato apresenta uma ampla pesquisa documental e propõe um novo olhar para a coleção Museu de Arte Negra, hoje sob a guarda do IPEAFRO. O foco é a importância da coleção enquanto ferramenta para a valorização e o reconhecimento dos valores  ancestrais africanos na sociedade brasileira.  

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