Viajar para o exterior é sempre uma experiência incrível! Contudo, exige planejamento, principalmente em relação aos custos. Depois de comprar as passagens aéreas e reservar o hotel, é hora de calcular quanto se vai gastar lá fora. E a principal pergunta da maioria dos viajantes é: qual a melhor forma de usar o dinheiro no exterior? A resposta não é simples e deve levar em consideração fatores como duração da viagem, destino escolhido e o roteiro traçado.
Para te ajudar nesse processo o Voopter conversou com um especialista no tema, o coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira. Portanto, preste atenção nas dicas e boa viagem!
Voopter – Qual a primeira orientação que você daria para quem está planejando uma viagem ao exterior?
Ricardo Teixeira – Faça um bom planejamento com relação às visitas/passeios e aos custos. Tente reservar tudo com bastante antecedência, assim é possível conseguir preços menores. Vale a pena também evitar períodos de alta estação nos destinos.
Voopter – Quais os cuidados ao usar cartão de crédito no exterior? E quais as taxas cobradas?
Ricardo Teixeira – Ao utilizar o seu cartão de crédito ou de débito no exterior será cobrada uma taxa chamada IOF – Imposto sobre Operações Financeiras, cujo valor é de 6,38% sobre o total da sua compra. O principal cuidado deve ser controlar bem os gastos dentro do orçamento previamente estabelecido.
Voopter – O cartão de débito é uma boa alternativa?
Ricardo Teixeira – Sim, pela segurança, mas como citei anteriormente, ele também sofrerá a incidência de 6,38% do IOF.
Voopter – Quais as vantagens do cartão pré-pago?
Ricardo Teixeira – São muitas. Você pode consultar o saldo, fazer recarga online, sacar diretamente nos caixas eletrônicos de qualquer país e fazer depósito em diferentes moedas (até seis moedas). Além disso, você sabe exatamente qual o câmbio está pagando, já que é o câmbio do dia, sem variação. E, por fim, consegue o reembolso do valor disponível em caso de perda ou roubo. Neste caso, o IOF de 6,38% é cobrado da carga ou recarga de moeda.
Voopter – Existe limite para entrar em outro país com dinheiro em espécie? E o câmbio deve ser feito no Brasil ou no exterior?
Ricardo Teixeira – Depende do país. Primeiro vale ressaltar que o turista brasileiro só pode sair do país com até R$10 mil em dinheiro vivo. No caso dos Estados Unidos o turista pode entrar ou sair com até US$10 mil. Em relação ao câmbio, o ideal é que ele seja feito no Brasil, para evitar surpresas lá fora.
Voopter – O Dólar e o Euro são sempre boas opções mesmo em destinos com moedas diferentes?
Ricardo Teixeira – Sim, pois sempre é possível fazer o câmbio com essas duas moedas. No que diz respeito às outras moedas, deve-se calcular bem e levar apenas o que se tem certeza que vai gastar.
Voopter – Vale a pena mesclar diferentes modalidades de gasto?
Ricardo Teixeira – Sim, quando se busca maior comodidade e não há preocupação com custo. Do contrário o melhor é travar o câmbio e fugir do IOF. Entretanto, vale considerar o risco – em relação à segurança – de levar todo o valor em espécie.
Não se esqueça de:
-Avisar à Central do Cartão de Crédito sobre a viagem e desbloquear o uso no exterior;
-Ter cuidado ao carregar com você grande quantidade de dinheiro em espécie, opte por aqueles pochetes que ficam debaixo da roupa;
-Em países de moeda forte levar sempre a moeda local: Dólar para os Estados Unidos, Libra para a Inglaterra e Euro para a chamada Zona do Euro;
-Já em países com moeda fraca, o Dólar e o Euro são as melhores opções;
-Mesmo que não pense em usar de forma frequente, leve um cartão de crédito. Ele é importante para emergências e, em muitos caso, exigido no check-in de hotéis só como garantia (caução).
Anotou tudo? Com o planejamento feito é só embarcar e curtir o destino escolhido. Ah, só não vale exagerar nas compras e ter problemas com a alfândega ao voltar. Quer saber todos os limites, valores e mercadorias permitidas? Montamos um conteúdo inteiro sobre isso, vem ler!