Mães que Viajam

Viajar com filhos é uma forma de ensiná-los sobre o mundo

08/05/2019 15:42

Em homenagem ao Dia das Mães, vamos dar início hoje à série “Mães que viajam”. Seja a lazer, trabalho, com filhos ou sozinhas, selecionamos histórias inspiradoras de mulheres que não deixaram de viajar mesmo depois de se tornarem mães. Relatos emocionantes e verdadeiros que vão te incentivar a arrumar as malas e partir rumo a novos destinos!


Laos

Nosso primeiro episódio é dedicado às mães que amam viajar com os filhos e a primeira convidada é a carioca, Thais Hunt, de 37 anos. Casada com um inglês, Thais acredita que levar o filho Luca a vivenciar experiências únicas é uma excelente forma de aprendizado. “Nós moramos no Brasil, mas por conta do meu marido, colocamos em prática a maneira de pensar dos europeus. Eles têm o hábito de levar sempre os filhos nas viagens de férias. Para eles, é inadmissível planejar férias e não incluir os filhos. Eles encaram a viagem como parte da formação deles, como uma atividade educacional”, explica ela.

Ao longo da vida, Thais já visitou 31 países e o pequeno Luca, hoje com 8 anos, já conhece 13 países. Confira abaixo nosso bate-papo com ela!

Inglaterra

Voopter – Você sempre viajou desde pequena? Teus pais tinham esse costume?
Thais Hunt: Passei a infância inteira indo para Rio das Ostras, na Região dos Lagos, nas férias escolares. Minha primeira viagem para fora, tanto do Estado do Rio como do Brasil, foi aos 11 anos, quando fomos visitar alguns parentes em Portugal. Na mesma viagem também fomos pra Disney. Meus pais sempre viajaram para fora do Brasil sem a gente, já que na década de 1980 fazer uma viagem internacional era bem mais caro do que é hoje em dia, e ainda éramos três filhos! Depois disso, fiz um intercâmbio aos 15 anos em Napa Valley, na Califórnia, durante as férias de julho. Ali eu me apaixonei definitivamente pelo mundo. E decidi fazer Jornalismo exatamente para poder contar histórias sobre ele. Aos 20 anos, tranquei a faculdade de Jornalismo na UFRJ e fui morar nos Estados Unidos com um só objetivo: juntar dinheiro para poder fazer um mochilão na Europa, que era meu sonho. Durante o ano de 2002 fui bartender em New Jersey e, em janeiro de 2003, parti para a Suíça para encontrar uma amiga e iniciar minha jornada tão esperada. Foram 40 dias, em 19 cidades, de 11 países.


Marrocos

Voopter – Como você definiria sua relação com as viagens hoje? Com quanta frequência você viaja atualmente?
Thais Hunt: Viajamos duas vezes por ano: uma viagem nacional e outra internacional. Viajar é uma necessidade fisiológica para mim. E um dos motivos que me faz acordar todos os dias com motivação para trabalhar. Somos muito planejados e geralmente organizamos nossas férias no trabalho com bastante antecedência, tanto para facilitar o planejamento e o pagamento da viagem, como, principalmente, para ter algo a almejar. Esperamos ansiosamente pela viagem. É uma delícia passar meses lendo sobre o lugar, definindo roteiro, etc.

Roma

Voopter – Como é viajar levando o filho junto?
Thais Hunt: Você não vai sentir saudade; você não vai depender de outra pessoa, que teria que tomar conta do seu filho durante a viagem; ele vai aprender coisas que nenhuma escola ensinaria tão bem, sobre diferenças, culturas, hábitos, etc; e, dependendo do destino, você vai enxergar o lugar pelos olhos de uma criança, o que é mágico.

Finlândia

Voopter – Quais foram as viagens mais marcantes que fez na vida?
Thais Hunt: É muito difícil de responder. Porque não é só pelo lugar, mas pela experiência que você viveu nele e todo seu contexto. Meu mochilão pela Europa talvez seja uma delas por conta da logística que criei. Outra viagem marcante, claro, é a da minha lua de mel. Fomos para as ilhas Maurício e África do Sul. Inesquecível. Quando estava grávida, fomos para Punta Cana. Mesmo com 5 meses de gestação, nadei com tubarões e arraias! Meu filhote dentro da barriga já participava das aventuras dos pais! A quarta acho que seria a Grécia. Fomos eu e meu filho sozinhos para Santorini, um destino tipicamente de casais. Ele tinha na época somente três anos, mas não deixei de fazer nada. Até o passeio pela cratera do vulcão nós fizemos. Era setembro, fazia muito calor, mas mesmo assim caminhamos durante uma hora até o topo do vulcão. Eu ouvia as pessoas no meio do caminho dizendo que eu era “a very brave mom”. Em alguns momentos tinha que carregá-lo no colo. Dizia para ele que estávamos subindo um vulcão igual ao do Madagascar, que era o filme preferido dele na época para motivá-lo. Fomos até o final. Lá em cima, ele quis tirar fotos de mim. Aos três anos, já era meu fotógrafo particular, meu melhor companheiro de viagem e um aventureiro com experiência! A quinta viagem que destacaria seria a da Finlândia. Fomos com meu filho para o Polo Norte, em pleno inverno, conhecer o “Papai Noel verdadeiro”. Ele tinha 5 anos. Nos hospedamos numa cabana no meio de uma floresta no Ártico. Incrível! A viagem para a Tailândia e o Laos também foi mágica. Nos hospedamos dentro de um santuário de elefantes!

Grécia

Voopter – Qual dificuldade você enfrentou ao viajar com seu filho recém-nascido e quais são as dificuldades atuais?
Thais Hunt: Eu falo para todas as minhas amigas com bebês: não peguem voo diurno. A criança dorme melhor geralmente durante a noite, mas de dia ela fica mais agitada. Distrair um bebê ou criança dentro de um avião não é fácil. Luca se acostumou tanto a viajar de avião que já entrava pedindo pra fazer a caminha dele no chão com os cobertores e travesseiros que tínhamos à disposição. Claro que seguíamos todos os procedimentos de segurança e quando havia turbulência, por exemplo, colocávamos ele na poltrona. Não consigo pensar em nenhuma dificuldade atual. Acho que não tem. Mas também tudo é como você encara certas coisas. Algumas pessoas podem ver dificuldade onde pra gente é simplesmente um contratempo ou nem existe.

Voopter – O que diria para as mães que pensam em viajar, seja a lazer ou trabalho, mas têm algum receio por conta dos filhos?
Thais Hunt:
Viajamos ao encontro de nós. E também deixamos algo de nós para trás ao deixarmos um lugar. A verdade é que o corpo vai e volta, mas a alma se espalha. Viaje, viaje uma vez por ano pelo menos. Mas se desafie. Viaje para lugares diferentes do que você está acostumado, mesmo com crianças. Elas se adaptam de forma surpreendente. Quando encaramos esse mundão e todo o aprendizado que ele tem pra oferecer, a gente se torna mais humilde, mais tolerante, menos ignorante, mais feliz. Viaje.

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