Sabe aqueles lugares que você chega e já tem certeza que quer voltar? Berlim foi assim comigo. Na primeira vez em que visitei a cidade, mesmo sofrendo com o frio do inverno, me apaixonei de cara. Com a certeza de que precisava retornar, aproveitei para fechar meu intercâmbio por lá – dessa vez no verão -, e de novo, me encantei. Por isso, compartilho aqui um pouquinho do que fez com que eu me apaixonasse pela cidade. :)
1) Vida social ao ar livre
Se assim como eu, você adora programas ao ar livre , Berlim pode ser incrível. É verdade que no inverno era mais comum ver as pessoas dentro dos bares, bebendo e jogando ping-pong – não sei o porquê, mas todos os bares que visitamos tinham mesas do jogo. Já no verão, a atmosfera é muito mais convidativa para ocupar os parques e praças. Na última viagem, encontrei uma amiga que mora há alguns anos no Landwehr canal, próximo à ponte Kottbusser Brucke. No final da tarde quando termina o expediente, muitos jovens se reúnem por lá para beber e conversar na grama. Programa simples, gratuito e agradável!
2) Mauerpark
Para mim, o Mauerpark descreve bem a cidade de Berlim: pulsante e plural. Performances musicais, pessoas praticando esportes ou lendo um livro – tem de tudo por lá. No parque, acontece todo domingo o Flohmarkt, famoso mercado de pulgas. Há bancas com livros, discos, roupas e brinquedos usados, além de produtos novos e artesanais. Outra famosa atração do Mauerpark é o karaokê público que acontece no anfiteatro.
3) Currywurst, kebab e Hans In Gluck
Adoro procurar lugares legais para comer quando viajo. Infelizmente, por conta do tempo e do dinheiro, não pude ir em muitos restaurantes, mas Berlim possui muitas opções com lanches rápidos e baratos. Além dos clássicos kebabs, o lanche berlinense mais comentado é o currywurst: salsicha na brasa picadinha servida com ketchup e curry em pó com batata frita. Dizem que o melhor é o do Curry 36, mas é possível provar o prato nas barraquinhas de comida que ficam pelo Flohmarkt.
Porém, se você procura um ambiente mais arrumado para comer com calma, eu iria no bar- restaurante Hans In Gluck. Lá você encontra diversas opções de hambúgueres, cheias de criatividade, com molhos, queijos e acompanhamentos especiais. Além disso, a proposta do lugar é super legal, com decoração fofa e cardápio com design criativo.
4) Arte em todas as partes
A arte de rua compõe a paisagem em Berlim, como um museu de grafite à céu aberto. Há o clássico – mas não menos importante – passeio pela East Side Gallery. O antigo pedaço do Muro de Berlim, que segue as margens do Rio Spree, possui grafites e pinturas de artistas de diversos lugares do mundo desenhados em seu lado leste. Das duas vezes que estive em Berlim, participei também do Free Walking Tour de Berlim Alternativo, que leva os interessados para explorar grafites pelos cantos da cidade, contando a história dos desenhos e grafiteiros. O tour termina em um bar perto do rio, para você relaxar e conhecer gente bacana enquanto bebe uma cerveja.
5) Cerveja boa e barata
Todos sabem que a Alemanha é conhecida por suas cervejas de ótima qualidade. É possível encontrar uma variedade imensa de cervejas por um ótimo preço. No inverno, pagávamos super barato nelas no mercado e colocávamos para gelar na varanda do quarto no hostel. rs :P
6) Museus, muitos museus
Sei que não é o programa favorito de muitos, mas quem me conhece sabe que eu adoro museus, especialmente, os de arte contemporânea. Berlim foi onde vivenciei uma das melhores exposições da minha vida, no KW Institute. Era uma exibição temporária, mas acredito que se você for visitar a cidade, vale conferir a programação do local. Também recomendo a visita ao Hamburger Bahnhof e à Berlinische Galerie. Os museus mais clássicos ficam pela Ilha dos Museus (Museumsinsel), que abriga o Pergamon Museum, o Bode Museum, a Antiga Galeria Nacional, o Altes Musem (Antigo Museu) e o Neues Museum (Novo Museu).
7) Aventurar-se nos clubes de música eletrônica
Não curto muito música eletrônica, mas já que estava em Berlim, cenário conhecido pelo gênero musical, resolvi experimentar. Para mim, o passeio valeu principalmente pela experiência de chegar até os locais, que muitas vezes ficam em fábricas antigas, terrenos abandonados ou meio escondidos. No hostel, me indicaram o Renate, com decoração e ambiente interessante. Para a próxima visita, dois lugares estão na minha lista: Kater Holzig e Sisyphos. Com espaços indoor e outdoor, eles parecem super legais e diferentes.
8) Mergulhar na história
Em Berlim, passado e presente se misturam pelas ruas. Andando pela parte leste da cidade é impossível não reparar no famoso bonequinho Ampelman, desenho que ocupava os semáforos na antiga Alemanha Oriental. Nos passeios, também é certo deparar-se com as marcações pelo chão de onde passava o Muro.
Muitas atrações relembram o regime nazista alemão e a época da Segunda Guerra Mundial, como o Memorial do Holocausto, o Bunker de Hitler, o Museu Judaico e o museu Topografia do Terror. Outras tratam da época da disputa político-ideológica durante a Guerra Fria, como o Museu da DDR e o Palácio das Lágrimas (Tränenpalast). Não consegui visitar todas elas, mas recomendo o emocionante Palácio das Lágrimas. A atração remonta a antiga estação de trem do terminal de Friedrichstrasse, onde muitos alemães ocidentais cruzavam a fronteira para visitar familiares e amigos no lado oriental.
9) Explorar brechós
Caminhar por Berlim é encontrar os mais diferentes tipos de gente, com os mais diversos estilos de se vestir. Pode ter relação ou não, mas nas minhas pesquisas acabei descobrindo que a cidade é conhecida por seus brechós. Estive em uns 3 ou 4 brechós e, apesar de não ter comprado nada, foi uma experiência encontrá-los. Alguns são muito grandes, com o tamanho de uma loja de departamento. Um dos mais famosos é o Humana, que possui várias lojas espalhadas cidade.
10) Photoautomats
Em diversos pontos de Berlim, é possível encontrar as Photoautomats, máquinas de foto instantânea em preto e branco – para você guardar uma lembrança única e divertida da sua viagem. :)
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