Viajar para comer e beber bem: se esse é o seu jeito de conhecer um destino, saiba que a experiência em solo romano é das melhores! E que pode ir (muito) além de seus adoráveis clássicos – carbonara, saltimboca, supplì, que a gente não dispensa – e nem deve.
A cidade com todo aquele jeitão bucólico e charmoso, que parece que parou no tempo, apesar de não ser tão associada assim, é uma capital gastronômica efervescente – ao seu modo, claro – e não fica devendo nada para as que são famosas nessa área, caso de Paris, Londres, Nova York. Tanto é que no Michelin, o mais renomado dos rankings, ela possui 19 casas, configurando-se como a cidade mais estrelada da Itália.
Se levarmos em consideração a Província, ou seja, a “Grande Roma”, o número sobe para 23; e 30, quando o assunto é todo o Lazio, região em que está inserida a capital italiana.
Quem reina absoluto no mundo dos três estrelas, há anos, é o La Pergola, do chef alemão Heinz Beck. Fica no cinco estrelas Roma Cavalieri, há dois tipos de menus degustação, 225 e 260 euros. A la carte, os pratos custam entre 50 e 90 euros. No capítulo ‘duas estrelas’, também só um restaurante, o Il Pagliaccio, do chef Anthony Genovese – francês, filho de italianos, que antes de se firmar em Roma, morou na Inglaterra, Japão, Malásia e Tailândia. Bagagem essa que se traduz, para a nossa sorte, em sua cozinha, muito autoral. Por ali, gasta-se entre 75 e 170 euros.
Já quando o assunto são os estabelecimentos com ‘1 estrela’, a oferta é grande: dezessete felizardos, com opções para todos os bolsos e gostos. Quem deseja aquele protocolo ‘perfeição’, que cabe muito bem nesse programa, a dica é Imàgo, no luxuosíssimo hotel Roma Hassler, aos pés da igreja Trinità del Monti, na piazza di Spagna. E não é só isso: além de tal localização, o restaurante está no último andar e seus janelões escancaram um vista panorâmica de tirar o fôlego: dá até para ver a cúpula do Vaticano, do outro lado da cidade. Quem comanda a magia na cozinha é o chef Francesco Apreda, napolitano radicado em Roma. Antes disso, girou a Ásia, fato que imprime, de modo muito ímpar, em suas criações: ele consegue fazer a magia de usar ingredientes e especiarias do Oriente, mas não se trata de uma comida fusion – longe disso, é o gosto Itália, da vera e clássica, logo na primeira garfada. Quatro versões de cardápio fechado, incluindo um vegetariano: de 130 170 euros. Ao pedir a la carte, opções de 33 (entrada), 35 (pasta) e 49 (carne).
Com uma pegada bem menos formal, mais descolado e jovem, o Bistrot 64, é pedida certeira. A casa, do chef Kotaro Noda, se autointitula um ‘gastrobistrot’ dedicado à união entre a Itália e o Japão. Está a dois passos do Maxxi, o museu de arte moderna. Ainda ganha pontos na questão ‘investimento’, com três menus degustação: 50, 60 e 80 euros. No cardápio regular, massas autoriais por 22 – as tradicionais romanas, como carbonara, amatriciana e cacio e pepe, também brilham por lá, por 10 e 15 euros, para porções de 50 g e 100 g. respectivamente.
Em todas as casas, vale fazer reserva e os valores não incluem bebida.