O Brasil tem jeito?
Olha, jeito-jeito, assim de jeito mesmo, a gente não sabe.
Mas talvez tenha jeitinho.
Não aquele jeitinho dos malandros, pilantras, folgados e corruptos. Não. Estamos falando do jeitinho de Alfredo Moser, que inventou a luz engarrafada pra lidar com as constantes quedas de energia na sua casa; e ainda ajudou um montão de gente
com o seu projeto.
Do jeitinho dos médicos do hospital cearense que descobriram como tratar queimaduras - e fazê-las sarar mais rápido - usando pele de tilápia, olha só. Do jeitinho do engenheiro Pedro Ricardo Paulino, que criou uma máquina que gera água potável
a partir do ar (do ar!), e que pode resolver um problema do mundo com tecnologia brasileira.
Aliás, falando em tecnologia brasileira, o que não faltam são exemplos desse jeitinho de que a gente tanto se orgulha. Já ouviu falar da Nadia Ayad? Pois então, anota aí: ela criou um processo de dessalinização da água a partir de um composto
de carbono que pode revolucionar os filtros das casas modernas e resolver grande parte do problema da falta de água potável por aí. E vamos combinar que desse assunto a gente sabe bem, ou esqueceu do nosso filtro de barro, que é reconhecido
mundialmente como o melhor e mais eficiente purificador de água?
É, a gente tem muito do que se orgulhar do nosso jeitinho, da nossa capacidade de fazer muito com muito pouco ou quase nada. Do que está no DNA do brasileiro e permite ao seu Ari, por exemplo, que perdeu o braço por conta de uma descarga elétrica,
construir sua própria prótese - com movimentos, mobilidade, força e aderência - a partir de sucata. Ou ao estudante Josemar Gonçalves de Oliveira Silva, o Zeca, encontrar uma maneira fora da curva, saudável e de baixo custo para dar vida longa
às frutas e pôr fim ao desperdício de alimentos, que ainda é uma realidade triste no nosso país.
E não vamos esquecer do jeitinho de tantas mães desse Brasilzão se virarem, muitas vezes sem qualquer ajuda, pra fazer o melhor pra seus filhos, mesmo jogando nas onze posições e ainda fazendo um extra de treinadora.
Inovação: é sobre isso que estamos falando. Sobre dominar o improviso e ter a audácia de fazer acontecer o que parece impossível. A audácia de acreditar, de se dedicar. Porque enquanto a ajuda não vem (e continuamos esperando), a gente se vira.
Inventa. Empreende.
É esse o jeitinho que nos representa. Aquele que é pura coragem e criatividade. Aquele que Santos Dumont deu para desafiar a gravidade, e que hoje permite ao Voopter ajudar a encurtar distâncias, matar saudades e promover a arte do encontro -
embora, como já dizia Vinícius, haja tanto desencontro pela vida.
O jeitinho de fazer aquela viagem sem gastar muito e de usar a tecnologia pra facilitar o dia a dia.
Voopter: O jeito brasileiro de viajar.