A cidade da mobilidade, Londres encanta pela vasta programação cultural e de lazer que tem a oferecer para os viajantes. E o melhor: com muitas opções gratuitas.
Quando planejei passar um tempo em Londres, peguei muitas dicas de pessoas que já tinham morado na capital inglesa ou viajado a lazer para o destino, mas confesso que só lá pude descobrir o quão maravilhosa é a cidade da realeza. Vou compartilhar um pouco com vocês as principais dicas da cidade: o que fazer em Londres, os principais museus e passeios, como se locomover… Vamos lá?
London Eye – foto: Juliana Vital
Transporte em Londres: como se locomover?
Se há algo que realmente impressiona em Londres é o mapa do Metrô. São 11 linhas metropolitanas operando na cidade, com mais de 200 estações. Ou seja, o transporte público é perfeito para explorar o destino.
Saindo do aeroporto de Heathrow para o centro de Londres
Se você desembarcou em Londres pelo aeroporto de Heathrow e quer chegar ao centro da cidade há duas opções. Uma é pegar o metrô na estação localizada no aeroporto, levando em torno de uma hora. Outra alternativa, mais cara e rápida, é tomar o trem Heathrow Express que te leva até a estação de Paddington em 15 minutos.
O que é importante saber nesse percurso e durante toda a sua locomoção em Londres por esse meio de transporte é: são muitas linhas interligadas e você vai precisar fazer baldeações entre elas. E é aqui que está o detalhe. Muitas vezes há apenas escadas interligando as linhas – e não são escadas rolante, hein! – ou mesmo para entrada e saída das estações. Tenha isso em conta, pois a missão de carregar grandes malas pelo metrô não é muito fácil.
Fora isso, o metrô é maravilhoso e de maneira muito rápida você se locomove pela cidade toda. Aos finais de semana tem uma operação noturna e algumas linhas funcionam 24 horas.
Compre um Oyster Card e aproveite o transporte público em Londres
Em qualquer estação de metrô você pode adquirir o Oyster Card (5 libras), que funciona como um bilhete único para o transporte público. Você pode carregá-lo com o valor que quiser ou ainda com um passe (TravelCard) semanal ou mensal. Com ele, você viaja a vontade em toda zona central (1 e 2) da cidade – onde estão as principais atrações-, tanto de metrô, quanto nas linhas de ônibus também. Vale muito a pena!
Dica amiga: antes de ir embora, você pode pegar o crédito restante do seu Oyster Card em qualquer estação de metrô (até 10 libras).
Para fechar o capítulo transporte, vale dizer que aqueles ônibus vermelhos de dois andares que vemos nos filmes são assim mesmo na “vida real” e funcionam muito bem também.
Onde comer em Londres?
Londres tem uma variedade muito grande de opções gastronômicas, desde restaurantes turcos, até um clássico Italiano e muitos fast-food. O que mais me chamou atenção nos londrinos é que eles são muito adeptos a lanches rápidos no almoço. A rede Pret a Manger, por exemplo, tem sanduíches e saladas, com opções que vão de 3 a 6 libras, e fazem muito sucesso por lá. É uma ótima opção para saciar bem a fome e gastar pouco.
Em outras redes, como a Nando’s, Leon e Itsu é possível gastar até 10 libras numa refeição. Tudo isso ajudou a desmistificar a crença de que tudo em Londres é caro. Não é verdade. É claro que convertendo e por conta da nossa moeda, o destino não é dos mais baratos. Porém, há muita opção econômica na capital britânica.
Carnaby Stree – foto: Juliana Vital
Se estiver disposto a gastar um pouco mais, algo até 30 libras por refeição, vá até o Soho. O bairro oferece uma infinidade de opções bacanudas, além de ser um charme e um dos meus preferidos da cidade, com muitos pubs e restaurantes, muita gente circulando nas ruas e um clima amistoso. Eu adorava esticar o almoço do sábado passeando pelas ruas do Soho e passar por Carnaby Street, um conjunto de ruas (só para pedestres) com prédios coloridos e muitas lojas de marcas famosas da moda; além de restaurantes, pubs e até cassinos, com preços bem ok das bebidas e comidas. Eu estive no Hippodrome Cassino e para quem não conhece é uma boa pedida.
Hippodrome Cassino – foto: Juliana Vital
O que fazer em Londres pela noite
Nem vou me alongar aqui sobre a variedade de pubs que Londres oferece. O fato é que você vai querer visitar muitos, mas eu indico não perder a chance de ir em algum pub a beira do Rio Tâmisa. A vista noturna da London Brigde é incrível. Só fique de olho no relógio e chegue cedo, pois os bares não costumam fechar muito tarde da noite. O mesmo se aplica para a maioria das baladas, que costumam ir até as 4 da manhã, mas é claro que há também opções de afters que se estendem por toda a madrugada e manhã do dia seguinte.
O que fazer em Londres de graça: as alternativas de lazer e cultura
Eu fiquei de fato encantada com tanta opção de lazer e cultura gratuitas em Londres. Vou começar pelos parques – tem mais de uma dezena deles espalhados pela cidade, vou destacar só alguns que julguei imperdíveis:
Hyde park – o maior de Londres, é cheio de pessoas andando de bicicleta ou patins, tem cafeterias, cadeiras para alugar e o memorial da princesa Diana fica lá também.
Green Park– Vizinho do Palácio de Buckingham. Tem muito verde para você se deitar, cadeiras para alugar, lago… É um ótimo lugar para apreciar o fim de tarde.
Green Park – foto: Juliana Vital
Regent’s Park – um parque gigante com muita área gramada e belos jardins. É um dos meus favoritos e preferido dos Londrinos quando o assunto é esportes ao ar livre. Lá é comum ver a galera praticando desde tênis até hóquei sobre a grama. Além das atividades esportivas, o Regent’s Park conta com belos lagos e uma imensa variedade de rosas.
Regent’s Park – foto: Juliana Vital
Os museus gratuitos de Londres
O destino guarda muitas atrações culturais com acesso gratuito, vale até um post à parte para tratar do assunto, mas vou falar dos meus preferidos:
Tate Modern – de longe o meu favorito. À beira do rio Tâmisa, a caminhada para chegar até ele já é um passeio único. Localizado bem frente da Millennium bridge, esse é o mais importante museu de arte moderna do Reino Unido. Lá você encontra obras dos mais relevantes artistas do século XX , como Pablo Picasso, Andy Warhol, Salvador Dalí e Mark Rothko. Eu separei uma tarde inteira para o Tate e consegui visitar tudo com calma e contemplar por 20 minutos uma obra de Claude Monet, por exemplo. Além de toda a arte, outras duas coisas que valem a visita são: o restaurante e a lojinha do museu. No último andar do Tate, o restaurante garante uma vista linda da cidade. Já a loja é outro show em particular, com pôsteres de quadros marcantes do século XX por poucas libras.
Millenium Bridge – foto: Juliana Vital
British Museum- certamente você vai precisar de um dia inteiro para visitar esse museu emblemático da cidade. Eu confesso que passei por lá um dia, entrei, peguei o mapa atualizado de atrações e voltei para casa. Após o jantar, gastei uma hora planejando meu roteiro no museu para voltar em outro dia e cumprir esse roteiro. Eu aconselho fazer esse planejamento, porque tem muita coisa incrível e muita história encravada dentro do British Museum, a começar pela arquitetura que já impressiona, por fora e por dentro. Vou citar aqui algumas coisas que estão expostas por lá, só para você ter ideia da dimensão do acervo que está nesse museu: a Pedra Rosetta; o Hoa hakananai’a, um exemplar do Moai da Ilha de Pascoa; e o Jogo de Xadrez de Lewis.
British Museum – foto: Juliana Vital
Compras em Londres: onde ir
Quem disse que Londres não é um bom lugar para se fazer compras? É também. Minha rua preferida para isso era a Oxford Street, uma das mais movimentadas de Londres. Ela é bem gigante e servida por várias estações do metrô e dezenas de linhas de ônibus. Lá você vai encontrar loja de grifes famosas e caras, mas também alternativas com preço bem bacana, incluindo lojas de departamentos e grandes multimarcas de calçados e roupas.
Oxford Street – foto: Juliana Vital
Não dá para não falar da Primark, loja com roupas estilosas e de preço muito acessível e boa qualidade. Para eletrônicos, a boa pedida é a Argos, onde você pode primeiro checar os valores online, fazer sua compra e retirar na loja mais próxima de você. Eu comprei muita coisa boa em Londres com preço de outlet americano, mas é sempre aquela coisa, precisa de paciência e tempo para garimpar.
O que fazer em Londres: mais dicas e passeios para curtir a pé
Camden Town
Outro lugar que está contemplado na minha lista de queridinhos. Esse distrito/bairro de Londres é um dos mais plurais culturalmente. Ao andar por lá você vai sentir que a arte domina o local, era esse o bairro da Amy Whineouse, que por sinal ganhou uma estátua de bronze em sua homenagem. Em uma caminhada você encontra muitos estúdios de tatuagem, lojas de música, e roupas para tudo quanto é gosto. E mais: muitos mercados de rua, como o Camden Stables Market e o Camden Lock Market figuram no bairro. Se você quer conhecer todos os mercados e andar no dia mais movimentado pelo bairro, sem dúvida, os domingos são os dias certos.
Caminhar e aproveitar para ver os pontos turísticos
Abadia de Westminster – foto: Juliana Vital
Caminhar por Londres é uma delícia. Muitos me falaram que Londres é cinza, chove muito e tal. Mas eu confesso que fui no outono, quando o frio não estava tão severo, e foram poucos os dias que peguei chuva. Dos mais de 30 que fiquei por lá, a maioria deles foi de sol e com entardecer lindo! Peguei dias passando dos 20 graus – o mais habitual é ficar entre 12 e 15 graus, que é frio, mas dá para encarar na boa a caminhada. Então aproveite e passeie entre os pontos turísticos de Londres. Vou listar aqui sem entrar em detalhes, mas saiba que esses são os principais, que sempre aparecem em qualquer lista de O que fazer em Londres: Palácio de Buckingham, Big Ben, Palácio de Westminster, Abadia de Westminster, Tower Bridge, St Paul’s Cathedral, Trafalgar Square, National Gallery, Biblioteca Britânica, Museu Sherlock Holmes, Shakespeare’s Globe, entre outros.