Sim, o dólar comercial bateu R$ 3 e isso encarece os planos de viagem de quem pretende ir para o exterior. Porém, não há porque entrar em desespero ou cancelar a sua passagem. Também não faz sentido “torcer para o dólar cair” no contexto político e econômico que nós vivemos, infelizmente. Então, é hora de respirar fundo e pensar em formas de contornar essa situação, sem deixar de aproveitar e muito a sua viagem, afinal, mais do que nunca, você merece esse descanso, né?
Veja as nossas dicas :
1) Compare as taxas das casas de câmbio
Esse é um tema que valia um post exclusivo, eu sei, mas há dicas gerais que servem SEMPRE, a primeira é: não compre moeda estrangeira online. Você não consegue negociar com o sistema e, vai por mim, os poucos centavos que conseguir baixar vão valer os minutos no telefone. Antes de ligar para a casa de câmbio, vale consultar o Ranking do Banco Central, que mostra quais foram os bancos/casas de câmbio com as melhores taxas nos últimos meses. Isso pode nortear para quem você deve ligar primeiro e conseguir, provavelmente, as menores taxas. Nunca feche na primeira ligação, por mais que o atendente insista que “não conseguirá segurar a taxa”, vale a pena negociar com pelo menos três locais diferentes até conseguir baixar, no mínimo, 5 centavos do valor inicial. Parece muito? Eu já consegui desconto de 10 centavos por dólar, tendo um pouco de paciência e lábia. Outra coisa é começar a negociar citando apenas metade do valor total que você quer e, no meio da negociação, perguntar quanto eles estão dispostos a ceder para que compre o dobro. Essa é uma carta que sempre rende descontos.
2) Evite o cartão de crédito
Se o câmbio está ruim agora, como confiar que quando vier sua fatura ele estará melhor? Mais que isso, o IOF para compra no cartão é bem mais alto do que se você comprar em “dinheiro vivo”, 6,38% contra 0,38%. O que não quer dizer que você deva viajar com bolos de notas, né? Para isso existem os cartões pré-pagos, que cobram o mesmo IOF do cartão de crédito, mas que tem taxa de câmbio pré-definida e com direito a negociação, é só você perguntar sobre eles para a casa de câmbio ou banco. O que eu faço é deixar no cartão apenas reservas em hotéis/airbnb e passagens aéreas, de preferência, para pagar antes da viagem, assim embarco consciente do quanto posso gastar. Ah! E, claro, sempre levo o cartão de crédito desbloqueado para alguma urgência também.
3) Veja se seu cartão de crédito inclui seguro viagem
Dá para economizar uma grana de seguro-viagem/seguro-saúde se o seu cartão de crédito incluir isso como um benefício. Normalmente, muita gente não presta atenção e acaba pagando por seguros sem precisar. Além disso, alguns cartões também oferecem descontos em redes de hotéis, aluguel de carro, serviço de concierge… Vale a pena começar a pesquisar esse diferencias para aproveitar ao máááximo o seu cartão. Você pode saber mais sobre isso entrando no site da sua operadora de cartão ou ligando para a central de atendimento.
4) Aproveite aplicativos e sites de cupons de desconto
Não se engane, a alta do dólar não deixará os brasileiros menos consumistas durante as viagens, mas pode limitar bastante as compras. Por isso, vale a pena listar as lojas que você pretende visitar e procurar em sites de cupons de desconto, como a dealcatcher.com nos EUA, para ver se não é possível deixar a conta mais barata. Você pode conseguir de 10 até 30% de desconto, o que faz toda a diferença em tempos de crise. Há também aplicativos que te ajudam a encontrar os cupons, como o SnipSnap.
5) Otimize o seu tempo e orçamento usando comparadores de preços
Felizmente, não é preciso entrar em vários sites para saber qual companhia aérea ou agência de viagem está vendendo a passagem mais barata, os metabuscadores, como o Voopter, fazem isso para você em segundos e de forma gratuita. O mesmo vale para hotéis.
6) Escolha formas alternativas de hospedagem
A primeira coisa que você precisa saber é que “alternativas” não significa desconfortáveis ou ruins. O airbnb, por exemplo, te permite alugar quartos ou casas inteiras de locais, por preços que são, em média, 30% mais baratos do que hotéis. Já no Worldpackers é possível trocar trabalho – em Fotografia, Social Media, Produção de Website, como Barista…-, por estadia em hostels pelo mundo. Nessa mesma linha, a rede WWOOF oferece hospedagem e alimentação em fazendas em troca de meio período de trabalho (4 horas) durante a semana. “Ah, mas eu viajo para descansar”, tudo bem, tem também o Couchsurfing, onde pessoas oferecem seu sofá ou quartinho de visitas de graça para os viajantes da rede. É seguro? Sim, desde que você escolha bem quem vai recebê-lo e confira as referências da pessoa, né? Eu já usei em Lisboa e fui muitíssimo bem-recebida, com direto à jantar especial, balada com os amigos da minha anfitriã e um gato que não foi muito com a minha cara, mas me deixou dormir tranquila ;)
7) Confira as dicas de outros viajantes
Há vários blogs e comunidades legais de viajantes na internet, cheios de dicas práticas de como gastar menos e aproveitar melhor a sua viagem. Eu, por exemplo, escrevi 10 dicas de como viajar pela Europa gastando pouco, o pessoal do Aprendiz de Viajante fez um post só com dicas para quem vai para os Estados Unidos agora. Para encontrar esses textos é só fazer uma busca simples no Google de “como viajar barato para NOME DO DESTINO”, por exemplo.
E você, tem outras dicas para viajar bem independente da alta do dólar? :)